Maturidade e Ministério Fundamentados para crescer

Quando a vida ganha sentido

Quando a vida verdadeiramente ganha sentido? Quando Jesus se revela a você.

Assim como a mulher samaritana, uma alma sedenta por respostas e profundamente impactada pela presença de Jesus, inúmeras pessoas experimentam uma existência que parece vazia e sem propósito.

Nesta breve reflexão, vamos explorar o contexto e o cerne desse encontro transformador de salvação.

Quando as regras são mais importantes do que os relacionamentos

E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. V1-3

Jesus não desejava atrair a atenção dos fariseus, pois o sucesso de seu ministério representava uma ameaça para eles, que se sentiam ameaçados por sua influência. Ele não se sentia confortável em sua presença, pois muitos deles viviam uma vida teatral.

Os fariseus e outros líderes religiosos buscavam mais prestígio social do que a verdade interior. Para eles, as regras externas eram sempre mais importantes do que os relacionamentos genuínos.

Jesus buscava pessoas dispostas a confrontar a realidade de suas vidas com a verdade, em vez de se contentarem com uma vida de aparências e convenções.

Quando as pessoas querem saber por que você é diferente

Então JESUS decide voltar uma vez mais para a Galiléia.

João 4:4 E era-lhe necessário passar por Samaria.

Jesus atravessa a Samaria e chega a um lugar chamado “Sicar”, que significa “bêbado”, onde fica a Fonte de Jacó. Cansado da viagem, ele se assenta à beira do poço por volta do meio-dia.

7Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.

O que Jesus estava comunicando era: “Eu não tenho barreiras nem preconceitos”. Por um instante, ele colocou aquela mulher em uma posição de importância e vantagem, como se ele precisasse dela. Ela ficou genuinamente surpresa com essa experiência.

V9, Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).

Aquela mulher estava habituada à frieza do orgulho religioso, que havia sufocado o amor, a humildade e a gentileza entre judeus e samaritanos. Ela não teria se surpreendido com um insulto ou um olhar de desdém, mas nunca esperava uma súplica humilde: “Dá-me de beber”. A humildade triunfa sobre o orgulho, e o amor prevalece sobre a religiosidade. A humildade sempre abre caminhos novos em terrenos onde a comunicação está interrompida.

Agora, a questão era compreender por que ela estava sendo abordada daquela maneira. Parecia que ela havia sido maltratada tantas vezes, de forma repetida, que não tinha nenhuma esperança de uma experiência diferente da habitual. E de repente, algo diferente aconteceu. Ela não conseguia detectar nenhum traço de recriminação no ar. Foi envolvida por uma curiosidade irresistível, querendo entender como aquilo era possível.

O poder da aceitação

Era algo que emanava de dentro de Jesus, uma graça que precedia a verdade. Ela estava diante de uma fonte de vida e não sabia. Então, ela perguntou: “Como sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” Em outras palavras, ela queria entender por que Jesus era diferente dos outros judeus religiosos.

v10 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.

Em outras palavras, se você se desarmar, baixar a guarda, e abandonar seus conceitos e preconceitos, eu estou disposto a ser extremamente generoso com você. Jesus desejava revelar duas coisas: “o dom de Deus” e “quem ele é”. Para receber o que ele tem para oferecer, é necessário conhecer quem ele é.

Uma perspectiva espiritual

JESUS agora precisava ir mais fundo, era necessário tira-la de uma perspectiva humana para uma perspectiva espiritual, o lugar real da sua sede.

Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

Enquanto ela discorria sobre o poço de Jacó, Jesus estava falando sobre seu próprio poço. Ele veio para restaurar o que o primeiro homem perdeu no jardim: o Espírito Santo. Ele veio para nos fazer compreender que nossa busca encontra seu fim nele.

15Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.

Então, veio uma palavra crucial, reveladora, que abordava a busca daquela mulher ao longo de toda sua vida.

A hora da verdade!

Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.

O poço simbolizava as expectativas depositadas nos homens (maridos), assim como o MESSIAS simboliza as expectativas depositadas na verdade. JESUS conhece as máscaras que usamos em nossas vidas. Ele sabe se tudo o que vivenciamos até agora não passa de uma fachada.

Somente a verdade tem o poder de nos mover de um estado de desilusão para um de genuína realização. É notável como essa mulher se abre à verdade! Nesse momento, JESUS encontra o que Ele estava procurando!

A verdade sempre atrai o Espírito Santo e o Espirito Santo sempre atrai a verdade. O ESPÍRITO SANTO se faz presente quando somos autênticos. Onde o Espírito e a verdade se cruzam, há vida, há graça, e a adoração verdadeira emerge.

Lugares que não gostamos de ir ou pessoas que não gostamos de encontrar

O Poço de Jacó representava um destino obrigatório para essa mulher, embora ela relutasse em frequentá-lo. “Senhor, dê-me dessa água para que eu não sinta mais sede e não precise mais vir aqui buscá-la.”

Na realidade, o poço era um ponto de encontro essencial para todos na comunidade. Seria uma experiência agradável para quem apreciasse a companhia alheia. Porém, para aqueles que preferissem evitar encontros sociais, restava a opção de ir ao poço em horários pouco movimentados, como o meio-dia, provavelmente o motivo da presença da mulher nesse horário.

Ela parecia ter facilidade de relacionamento com os homens, mas não com as mulheres. Naquela época, ir buscar água era uma atividade predominantemente feminina. Se uma mulher se afastava das demais, indicava um problema significativo, considerando que o convívio e a conversa entre mulheres eram comuns e valorizados.

Discernimento cirúrgico

JESUS não se limitava a ser um profeta que apenas enxergava o passado e as dificuldades na vida daquela mulher. Ele percebia sua dor, sua frustração e, acima de tudo, seu anseio por algo verdadeiro. A habilidade de JESUS em compreender o íntimo das pessoas era notável.

O que residia no coração dos fariseus afastava JESUS, enquanto a sinceridade no coração dessa mulher o atraía; ela não temia encarar a verdade. JESUS estava convencido de que estava diante de uma verdadeira adoradora.

Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.

Confrontando as tradições falsas

Outra ocasião decisiva: era o momento de abandonar as tradições. As práticas religiosas dos samaritanos estavam repletas de equívocos. Jeroboão, impulsionado pelo medo de perder os samaritanos para os cultos em Jerusalém, estabeleceu uma nova religião. No entanto, esta não era nada mais do que uma reiteração de enganos antigos. Essa tradição era sustentada por falsidades, idolatria e manipulação.

Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus… A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.

Dito de outra forma, é necessário que você beba da água viva que somente EU posso oferecer. Se deseja a verdade, então você também pode abrigar em seu interior o meu manancial. A verdade é um ímã para o Espírito Santo, assim como o Espírito Santo é atraído pela verdade. Espírito e verdade são da mesma substância, compartilham a mesma essência. São inseparáveis!

27 E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?

Uma perspectiva religiosa frequentemente se surpreende com as escolhas de JESUS em relação a quem Ele decide se revelar: indivíduos considerados indignos ou improváveis. Os discípulos continuamente se maravilhavam com essa faceta de JESUS. Ficaram perplexos ao vê-lo dialogar e se abrir a uma mulher samaritana, vista como impura. Posteriormente, mesmo após serem cheios do Espírito Santo, ficaram atônitos ao descobrir que JESUS se revelava a Saulo, implacável perseguidor da Igreja. O que os olhos ofuscados pela religião não conseguem ver, o potencial de um coração que ama a verdade, que anseia e adora, nunca passa despercebido aos olhos amorosos de JESUS.

Quando a vida ganha sentido

28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele… 39 E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Ela deixou o seu cântaro… ela aprendeu bem rápido a beber das águas vivas e transbordar para outros.

JESUS era o seu poço agora! No poço de Jacó ela era uma mulher solitária e frustrada, no poço do MESSIAS ela restaurou muitos relacionamentos e experimentou a realização de viver por uma missão.

Entendendo este encontro dentro de um sentido mais amplo

Efésios 3:2 se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros;

A Bíblia narra períodos de “dispensações e alianças”, onde uma “Dispensação” reflete o modo como Deus se manifesta e se relaciona com a humanidade através de uma “aliança”. Cada uma destas alianças é mediada por uma figura central e delineada por termos específicos que esclarecem as responsabilidades e bençãos envolvidas.

Na narrativa, encontramos uma mulher junto ao poço de Jacó, e através da revelação de Jesus sobre seus cinco maridos, simbolizando cinco alianças, temos um retrato eloquente da trajetória humana. Este episódio ilustra que nenhum desses ‘casamentos’ ou alianças foi capaz de atender plenamente às necessidades da humanidade. Assim, fica evidente que a humanidade já experimentou cinco dispensações ou alianças, as quais não conseguiram solucionar integralmente a questão humana.

5 alianças

A jornada começa com “a dispensação da inocência”, onde o homem habitava o Éden antes de sucumbir ao pecado. Segue-se “a dispensação da consciência”, ou mais precisamente, da consciência do pecado, marcada pela aliança com Adão. A terceira fase surge quando Deus convoca Noé para um recomeço, estabelecendo “a aliança Noética”. A quarta é iniciada com o chamado a Abrão, introduzindo “a dispensação das promessas” através da aliança Abraâmica. Por fim, a quinta aliança, que conclui o legado de dívida deixado por Adão, é representada por Moisés e “a dispensação da lei”. Contudo, essas alianças foram suficientes para resgatar o que foi perdido no Éden? A resposta é claramente negativa.

Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

Então, Jesus surge como o noivo da nova aliança, apresentando-se a ela. Ele se revela e traz uma promessa que infunde esperança em seu coração: “se beber da água que eu lhe oferecer, jamais sentirá sede, pois a água que eu lhe der se transformará em uma fonte dentro de você, jorrando para a vida eterna”. Essa água tem o poder de promover um renascimento, de revitalizar o espírito! A nova aliança é singular pois transforma o indivíduo de dentro para fora, alterando sua essência. A nova aliança, é a única aliança que muda a fonte, muda o homem de dentro para fora, muda a origem. Só a nova aliança pode fazer o homem nascer de novo!

João 3:8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.

 

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