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Maturidade e Ministério Fundamentados para crescer

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Por que me envolver?

O que leva uma pessoa a se envolver com algo ou com alguém? Quais as razões que fazem que uma pessoa faça o que não quer fazer?

Existe alguém por quem você faria qualquer coisa, até mesmo dar a vida? E você conhece alguém que faria qualquer coisa por você? Por vários motivos, nos envolvemos em situações e com pessoas: Por amor; Por curiosidade; Por senso de oportunidade; Por obrigação; Por necessidade; Por carência; Por casualidade.

E com Deus? Por que se envolver? Até que ponto você estaria disposto a fazer algo por Ele?

Ele se envolveu até as últimas consequências. Hoje, gostaria de refletir com você sobre a vida de um homem que teve um encontro com Jesus e foi levado a se envolver em uma situação que não previa.

SIMÃO

“Certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, chegando do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz”. Marcos 15:21

No texto acima, encontramos um homem raramente mencionado nos púlpitos das igrejas: Simão, pai de Alexandre e de Rufo, proveniente de Cirene, no norte da África.

Pouco, ou quase nada, sabemos sobre ele. Contudo, considerando a história da época e alguns detalhes mencionados no texto, podemos imaginar quem ele era. Talvez fosse um prosélito (um gentio convertido ao judaísmo) ou talvez um judeu africano. Seu nome, Simão, era judeu.

Ele certamente percorreu a longa distância entre Cirene e a Palestina a pé, com o propósito de celebrar a Páscoa em Jerusalém e oferecer sacrifícios a Deus no templo construído por Herodes.

Sabemos mais uma coisa sobre este Simão: ele estava trabalhando. Para financiar as despesas de viagem e estadia, era comum que o judeu peregrino em Jerusalém arranjasse um emprego temporário ao chegar a Israel.

Uma cena inusitada

Simão estava trabalhando arduamente no campo. Por volta de uma hora da tarde, ao retornar a Jerusalém, percebe um clima diferente na cidade. Uma multidão enche as ruas, aglomerando-se nas calçadas e deixando apenas um pequeno corredor para a passagem. Simão tenta atravessar a multidão, empurrando-se e se espreitando. Finalmente, consegue avançar e observa a procissão que passa: soldados romanos alinhados, marchando com lanças, escudos e capacetes com a insígnia do império romano. As capas dos soldados são vermelhas, e a couraça que cobre o peito tem contornos musculares, conferindo-lhes um aspecto imponente de guerreiros valentes.

Quando termina a procissão dos soldados, inicia-se uma procissão macabra e sinistra: três homens carregam os mastros de suas cruzes.

Do pescoço de cada um pende uma placa indicando o crime cometido. As placas dos dois primeiros indicam condenações por subversão e assassinato. Quanto ao terceiro, sua placa traz a inscrição: “Este é o rei dos judeus”.

Intrigado com essas palavras, Simão Cireneu observa o rosto desse homem, que traz fincada na cabeça uma cruel coroa de espinhos, e sente seu coração acelerar.

Naquele instante, um dos soldados, sem aviso, arrasta Simão Cireneu para o meio da procissão e ordena que ele carregue o mastro da cruz do terceiro homem até o alto do monte chamado Gólgota, também conhecido como Calvário.

Por que eu?

Ao ser arrastado pelo guarda, é provável que Simão tenha se questionado: “Por que eu? Tanta gente aqui na beira da calçada! Por que justo eu fui escolhido? Por que devo me envolver? Passei o dia trabalhando no campo, estou cansado, com as mãos calejadas, o corpo suado e malcheiroso. Por que me envolver? Por que justo eu?”

As razões pelas quais Simão foi escolhido naquele dia podem nos trazer uma compreensão para que você e eu também respondamos em nosso coração por que devemos nos envolver.

A Cena do filme PAIXÃO DE CRISTO – Click e assista aqui

A vida de Simão Cireneu nos lembra algumas razões pelas quais devemos nos envolver.

 

  1. Porque existe um propósito espiritual para a sua vida.

Na vida, podem ocorrer coincidências e acasos, mas, quando se trata de chamado e vocação, não há acaso, há propósito. Na obra de Deus, não existem acidentes.

Simão não foi escolhido por acaso; ele foi escolhido porque havia um propósito divino naquele momento. Ele não estava simplesmente ajudando um homem a carregar sua cruz; ele fazia parte de uma engrenagem, de um plano maravilhoso cuja dimensão ele nem podia imaginar. Naquele momento, Simão se tornava uma peça importante na obra de salvação da humanidade!

Deus nos escolheu para fazermos parte de uma engrenagem maravilhosa, para cumprir Seus propósitos redentivos. A vida é repleta de acasos e coincidências. Temos o desafio de discernir em cada uma dessas situações a atuação de Deus e encará-las como oportunidades. 

  1. Porque você pode abraçar a causa de Jesus.

O chamado para carregar a cruz é “hora extra”.

Simão trabalhou desde a madrugada até cerca de uma hora da tarde para suprir suas necessidades, mas o chamado para carregar a cruz veio depois. Em uma sociedade capitalista e consumista, as pessoas trabalham cada vez mais e se sentem cada vez menos satisfeitas.

Quando, cansadas e esgotadas, ouvem o Senhor pedir que carreguem a cruz, não encontram forças ou tempo para fazê-lo. “Ah, Senhor, escolhe outro, por favor. Não tenho tempo. Sinto-me exausto”. Simão Cireneu foi chamado para carregar a cruz depois do expediente.

Era como se Deus dissesse: “Simão, até meio-dia você trabalhou para si, mas agora quero que trabalhe pelo Evangelho. A cruz que você carregou até meio-dia foi sua, mas agora quero saber se está disposto a carregar a cruz de outra pessoa”.

Podemos viver apenas para pagar contas, mas a nossa vida será comum, medíocre. O desafio é ser uma pessoa que responda a Deus sobre a prioridade da humanidade, que abrace não simplesmente uma causa, mas “a causa”.

Claro que precisamos trabalhar para suprir nossas necessidades, mas também precisamos reservar tempo e energia para fazer a vida valer a pena. E é somente quando abraçamos a causa de Cristo que a vida realmente ganha sentido.

  1. Porque existem pessoas que dependem da sua influência.

Não somos responsáveis apenas por nós mesmos, mas também pela geração que nos sucederá.

O texto das Escrituras diz que esse Simão era pai de Alexandre e de Rufo, sugerindo que esses irmãos se tornaram pessoas importantes na igreja primitiva. A Bíblia identifica Simão como pai de Alexandre e de Rufo, provavelmente porque eles eram bem conhecidos no mundo cristão primitivo.

Gosto de imaginar Simão voltando para Cirene e contando a Alexandre e a Rufo o que aconteceu com ele. Talvez tenha dito algo como:

“Filhos, em Jerusalém, carreguei a cruz de um homem. Ele era um condenado, mas ao olhar em seus olhos, compreendi o significado da dor e do sofrimento. O olhar daquele homem me fez entender mais sobre Deus.”

Simão deve ter falado com tanto amor e entusiasmo que contagiou seus filhos. Não é difícil entender por que, no serviço de Jesus, eles se destacaram entre os cristãos daquela época.

Quando nos envolvemos na obra de Deus, causamos um impacto na vida dos nossos filhos, na geração que nos sucede e nas pessoas que nos observam.

  1. Porque o que você ganha é maior do que o preço que você paga.

O que aprendemos e ganhamos no cumprimento de nossa missão é muito mais valioso do que o preço que pagamos para cumpri-la.

Lucas foi meticuloso ao relatar esse episódio: “Enquanto o levavam, agarraram Simão de Cirene, que estava chegando do campo, e lhe colocaram a cruz às costas, enquanto Jesus seguia na frente”.

O que Simão aprendeu naquela estrada estreita e sinuosa, chamada Via Dolorosa, teve um significado muito mais profundo do que o preço que ele pagou para carregar aquela cruz.

Quando chegou ao alto do monte do Calvário, deve ter pensado: “Valeu a pena, porque o que aprendi com esse homem ninguém jamais poderá apagar do meu coração”.

Lembra do filme A Lista de Schindler?

Prefiro andar pelo vale da sombra da morte com Jesus, como Simão andou, do que caminhar em verdes pastos, junto a águas tranquilas, sem ter Jesus como companheiro.

E você, está disposto a se envolver?

 

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