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Maturidade e Ministério Fundamentados para crescer

A graça no tempo da lei

A GRAÇA NO TEMPO DA LEI

A passagem de João 5:1-15 é essencial para nossa reflexão. Ela nos mostra que Jesus foi a expressão perfeita da graça de Deus, mesmo atuando ainda no período da Lei. O ministério de Jesus representou um momento de transição entre alianças — da antiga aliança para a nova, selada com o seu sangue.

Graça e Verdade

Como lemos em João 1:17: “Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” Dentro desse contexto, o “Tanque de Betesda” retratado no texto base é uma imagem poderosa da graça atuando em meio à dispensação da lei.

V9 … tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado. Ou seja, estava vigorando a Lei.

João 5:3 Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos 4 [esperando que se movesse a água. Porquanto um anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse].

A manifestação da graça na dispensação da Lei era bem casual, em razão da mentalidade de performance que a lei produziu. Sabemos que a lei foi dada pelos anjos, uma figura aqui no texto do movimento das águas.

A lei foi dada pelos anjos

Gálatas 3:19 Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.

O movimento das águas no tanque era de fora para dentro — não de dentro para fora — pois o Espírito Santo ainda não havia sido derramado.

A “Porta das Ovelhas”, local de entrada dos animais destinados ao sacrifício, simbolizava o sacrifício perfeito que ainda estava por vir. Já o “Tanque de Betesda”, com seus cinco alpendres, apontava para a manifestação da graça mesmo em meio à Lei. Mas o que realmente aconteceu ali? O sacrifício perfeito veio ao encontro de pessoas imperfeitas.

Jesus curou um homem naquele lugar, mas mais do que isso: Aquele que todos esperavam estava ali. O Messias havia chegado. Eles aguardavam o movimento das águas, mas a verdadeira salvação e regeneração espiritual estava diante deles. Jesus não apenas trouxe cura — Ele é a graça em pessoa!

O Evangelho sendo pregado

João 5:6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?

O homem que estava ali, “deitado”, representa o primeiro homem, Adão — cabeça de uma raça caída, incapacitada de se levantar por si mesma. Mas agora, o último homem, Jesus, vem intencionalmente ao seu encontro, trazendo graça e verdade.

Aquele que é a própria expressão da graça veio redimir a humanidade, não apenas curando corpos, mas comunicando vida e restaurando identidades. Ele veio para se tornar o novo cabeça, inaugurando uma nova criação — um novo homem, gerado em verdadeira justiça e santidade.

4 verdades quando você experimenta a GRAÇA

  1. A graça produz fé

O Evangelho é a Palavra viva que revela, que ilumina o entendimento e que desperta a fé. Quando os nossos olhos se abrem para contemplar a graça de Deus, a fé brota naturalmente em nossos corações. É impossível ver a graça e permanecer na incredulidade — porque a verdadeira fé nasce da revelação do amor de Deus por nós. Não é uma fé produzida por esforço humano, mas uma resposta àquilo que já foi feito por Cristo.

É ela que quebra as fortalezas da mente, que derruba argumentos contrários à verdade, que remove as montanhas da incredulidade. Onde o Evangelho chega, chega a vida, chega a luz. Onde ele é crido, há transformação.

João 5:7-9 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. 9 Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.

A Palavra da fé quebra a mentalidade vitimista. Enquanto colocarmos nossa vida, nossa prosperidade, nossa cura e nossa libertação nas mãos de outros homens, permaneceremos como meras vítimas. Passamos a culpar os outros pelas portas que não se abriram, pelas promessas que não se cumpriram, pelas bênçãos que não recebemos.
Mas a fé verdadeira nos reposiciona — ela nos tira do lugar da dependência humana e nos coloca no centro da vontade de Deus, onde somos responsáveis por crer e tomar posse do que já nos foi dado em Cristo.

  1. E a fé produz descanso

Quando você crê, você se posiciona. A fé verdadeira te tira do lugar da passividade e te leva a assumir a responsabilidade pela sua vida, pela sua prosperidade, pela sua jornada com Deus. E o primeiro fruto dessa fé genuína é o descanso.

Mas que tipo de descanso? Não é continuar deitado com uma mentalidade de vítima, esperando que algo externo resolva sua vida. Não é inércia.
O descanso da fé é estar livre — livre para agir, livre para obedecer, livre para se mover — não na sua força, mas na força de OUTRO, Daquele que opera em você.

Descansar é agir pela fé. É fazer tudo, sabendo que a fonte é a graça. Como Paulo disse: “Trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo.”

É a fé que te conduz a esse lugar de plenitude e abundância, onde você pode declarar com ousadia: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece!”

  1. Será preciso fazer uma opção: ou debaixo da lei ou da graça.

Romanos 6:14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

João 5:9 E aquele dia era sábado. 10 Por isso, disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.

Carregar o leito em pleno sábado parecia, aos olhos dos religiosos da época, uma quebra da Lei — um desrespeito a Deus. Mas, na verdade, aquilo era apenas mais um reflexo dos exageros de uma religiosidade que havia perdido o coração da aliança.

A fé, quando é verdadeira, sempre vai te levar a andar de formas que antes você não podia. Ela te tira da paralisia, te põe em movimento e desperta olhares.
As pessoas vão perceber. Vai chamar atenção. E, nesse momento, a lei — junto com aquela velha mentalidade vitimista — vai tentar se levantar e te parar.

Mas quem foi alcançado pela graça e ativado pela fé não pode mais viver de acordo com os padrões antigos. O leito agora é testemunho, não prisão. Você não está mais deitado — você está andando!

  1. Permaneça na palavra da graça (perseguição)

João 5:11-13 nos revela algo profundo: “O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e anda… Mas o que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado.”

Isso ainda acontece com muitos: são salvos pela graça, tocados pelo poder de Deus, mas depois tentam servir a Ele se colocando novamente debaixo da Lei. Recebem a cura, recebem o milagre — mas não conhecem o Autor da graça que os alcançou.

“Quem é o homem que te disse?” — perguntaram. E muitos hoje ainda não sabem responder. São libertos, mas ainda não conhecem Jesus. Foram tocados, mas ainda não O revelaram. É a revelação de Jesus que estabelece a nossa identidade como filhos. E é essa identidade que nos dá autoridade no nome d’Ele. Sem conhecer Jesus, não há identidade. Sem identidade, não há autoridade.

A importância de congregar

João 5:14-15 diz que “Mais tarde, Jesus o encontrou no templo…” Essa segunda visita de Jesus não foi por acaso. É no templo — no ambiente da adoração, da comunhão — que Ele se revela novamente.
E é a revelação de Jesus que vai gerar em você algo muito maior do que apenas a cura: ela te dá consciência de corpo, senso de pertencimento, consciência de justiça, e entendimento de quem você se tornou em Cristo.

Jesus não apenas cura — Ele consolida em nós a identidade de filhos amados. Ele não só te tira da paralisia — Ele te insere no propósito.

Não basta receber uma cura pessoal. É preciso ser encontrado por Jesus no templo, no lugar da comunhão, da congregação, onde a revelação se aprofunda. Então, por meio do ministério do irmão, você assimila quem Jesus realmente é. Porque a revelação de Cristo não se limita a experiências individuais — ela se completa no corpo, na vivência coletiva da fé. É nesse contexto — comunitário, congregacional — que você aprende a conhecer Jesus de verdade, a andar na sua identidade e a viver no seu propósito.

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