O coração é a sede das emoções! Por esta razão o sábio Salomão declarou, “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida, Provérbios 4:23”.
Provérbios 18:21 A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.
Os versos acima, ensinam que o bom uso da língua desencadeia as bençãos mais significativas da vida. A ênfase, não é quem mal utiliza a língua, mas o que bem a utiliza come do seu fruto. Qual seria a melhor maneira de utilizar a língua? Colocar a palavra da vida na boca até que o coração creia da mesma maneira.
Precisamos aprender por revelação tudo que JESUS fez por nós, e esta precisa ser a nossa confissão.
Hebreus 3:1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus…
Este é o significado do hissopo na Páscoa do Egito, aplicar o sangue da nova aliança nos portais do coração.
Boca e coração.
Romanos 10:9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.
Quando colocamos o Evangelho na boca e no coração, seremos salvos! Vamos construir um tipo de fé que vence o mundo, a carne e seus argumentos. Construiremos uma vida emocional saudável, fundamentada em verdades espirituais, uma conexão solida entre o que pensamos, falamos e sentimos. Quando sentimos o que declaramos, é evidencia que internalizamos o que falamos, e isto determinará a nossa identidade e autoridade. Crer que Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação, significa crer que somos amados, redimidos, saudáveis, supridos, prósperos, favorecidos e abençoados.
O que na verdade Jesus amaldiçoou?
Marcos 11:12 No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. 13 E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. 14 Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto.
Não era tempo de figos, falando do fruto maduro. Mas a árvore deveria ter mais do que folhas, um tipo de flor ou broto. Antes de surgirem os figos, é comum que a figueira produza brotos pequenos, conhecidos como “figos verdes” ou “brebas”.
Esses brotos podem aparecer no início da temporada de crescimento da árvore e, eventualmente, se desenvolvem em figos maduros conforme a estação avança. Os figos verdes podem ser colhidos e consumidos, embora geralmente não sejam tão doces ou saborosos quanto os figos maduros que se formam mais tarde.
Sendo assim, o que Jesus viu de tão reprovável naquela figueira? Folhas e não frutos, mera aparência.
Jesus não estava condenando absolutamente pessoas ou a nação, mas o “comportamento” de uma geração, que podemos definir como hipocrisia.
Marcos 7:6 Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Jamais deveríamos permitir este texto fundamentar o antissemitismo, como se Jesus tivesse amaldiçoado a Israel como nação.
Entendendo o coração
Este é um dos principais ensinos sobre fé e autoridade, “falar com a boca e crer com o coração”.
Em contrapartida, declarar a palavra de Deus (honra-me com os lábios) e ao mesmo tempo sustentar uma maneira errada de crer (mas o seu coração está longe de mim) compromete a autoridade da palavra e o vigor dela produzir os seus frutos.
Existe uma mente consciente, pensante, criativa que funciona de uma forma logica, racional e linear. Aqui é onde desenhamos as nossas metas, sonhos e objetivos. Possuímos também uma mente inconsciente, que representa a forma como significamos as experiencias e os aprendizados da vida. Assim construímos um sistema de crenças, um programa interno que nos predispõe a viver no automático. Esta é a nossa mente emocional, o nosso coração, de onde os conflitos e dilemas internos virão.
Jesus simplesmente revelou o coração daquela geração, confirmou o que estava internalizado na árvore, o que estava na sua raiz. Representava literalmente a oração sem autoridade, uma oração que não tem força para produzir resultados.
O poder da fé
Marcos 11:20 E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. 21 Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. 22 Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; 23 porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. 24 Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. 25 E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. 26 [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.]
Para a surpresa de Pedro, o que Jesus falou funcionou com extrema precisão, a figueira secou até as suas raízes. Então Jesus passou a ensinar verdades sobre a autoridade da fé.
Na verdade, o que Jesus falou a arvore, afetou e matou imediatamente a raiz. Foi uma questão de tempo toda arvora murchar.
Isto foi o que Jesus propôs aos discípulos: Tende fé em Deus. Literalmente significa, tende a fé de Deus! Boca e coração alinhados, um poder criativo ilimitado.
Mente e coração estão alinhados?
Hebreus 8:10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
O que nós falamos precisa estar alinhado com aquilo que o coração crê. Como vimos, o coração é a sede das emoções, onde internalizamos e significamos experiencias e palavras, que formam o nosso sistema de crenças.
Não duvide do poder da dúvida
É o coração que estabelece os conflitos. Podemos falar algo oriundo da nossa mente pensante e criativa, que não está alinhado com a mente emocional, ou coração. Isto é o que significa, duvidar com o coração, ou atuar com uma mente dividida.
Tiago 1:5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. 6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; 8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.
É como pisar no acelerador e no freio ao mesmo tempo, a dúvida não te permitirá chegar a lugar algum.
Por exemplo, você ouve sobre o Amor e a paternidade de Deus, mas dentro de você existem emoções latentes de alguém que foi abusado pelo próprio pai. Tudo vinculado a palavra Pai não soa bem para você.
É preciso ouvir e se emocionar com as boas Novas!
Identificando a barreira
Por esta razão Jesus faz uma ressalva muito importante neste ensino: Ele declara que existe uma barreira ou bloqueio para que a fé e a autoridade fluam, “a falta de perdão”.
Observe abaixo a primeira cláusula da nova aliança,
Hebreus 8:12 Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.
Entenda, na nova aliança, não perdoamos para ser perdoados, perdoamos porque já fomos perdoados!
O Evangelho remove a consciência de pecado, e nos dá a consciência de morto para o pecado. Isto consolida a identidade de filhos e a manifestação daquilo que carregamos em Cristo.
Mas a falta de perdão internalizada no coração, conflita com o programa do evangelho, bloqueando a nossa expressão de autoridade.
A chave da autoridade é falar fé, o que Cristo fez por nós, e não duvidar no coração.
Por isto é preciso limpar o coração, falando de crenças que internalizamos através de emoções adoecidas e que contaminam frequentemente a nossa confissão.
Quando somos afrontados, feridos ou abusados, e não tivemos a oportunidade de desabafar, isto tem a tendencia de ficar retido dentro de nós.Vamos acabar manifestando esta amargura, com pessoas que não tem nada a ver com o que nos aconteceu.
O grito da alma
Gênesis 45:1 Então, José, não se podendo conter diante de todos os que estavam com ele, bradou: Fazei sair a todos da minha presença! E ninguém ficou com ele, quando José se deu a conhecer a seus irmãos. 2 E levantou a voz em choro, de maneira que os egípcios o ouviam e também a casa de Faraó.
Na maioria dos casos, penso eu, não resolvemos isto procurando as pessoas envolvidas, mas usando a oração como uma forma para desabafar, e então expectorar toda emoção toxica que nos deixou amargos, pessimistas e escassos! Esta higiene emocional é uma questão de vida ou morte.
O salmo abaixo é um exemplo de desabafo, naturalmente não é para você orar isto por algum ser humano por mais perverso que seja. Muitas vezes é tanto valido como necessário desabafar, mas será crucial concluir este processo com um tipo de perdão, que Jesus chamou de “perdão do coração” (intimo), Mateus 18:35.
Salmos 68:21 Sim, Deus parte a cabeça dos seus inimigos e o cabeludo crânio do que anda nos seus próprios delitos. 22 Disse o Senhor: De Basã os farei voltar, fá-los-ei tornar das profundezas do mar, 23 para que banhes o pé em sangue, e a língua dos teus cães tenha o seu quinhão dos inimigos.
Entenda a importância desta “higiene emocional”, o corpo é literalmente a nossa mente emocional, que somatiza de acordo com o sistema de crenças disponibilizado. É assim que as pessoas se tornam doentes ou permanecem saudáveis.
As crenças que emocionalmente internalizamos precisam ser confrontadas por palavras que as removerão de dentro de nós. Precisamos usar palavras que colocarão a ira, a indignação, a raiva para fora.
Por que a cruz?
Quando Deus Pai nos perdoou, toda ira que Ele tinha em razão do pecado da humanidade, Ele descarregou sobre Jesus! Cristo nos substituiu, pagou a nossa conta, assumiu a nossa condição. Não foi apenas falar “perdoa porque não sabem o que fazem”, envolveu profunda dor e fortes emoções.
Concluindo
Sobre tudo o que se deve guardar e cuidar, cuide do seu coração, porque ele é a sede das emoções. Zele portanto, por uma vida emocional saudável, onde os gatilhos dos traumas sofridos foram removidos, a ferida que produziu o engano foi curada pela palavra da verdade, o Evangelho de Cristo. Este é o fundamento para uma vida espiritual que funciona.
Filipenses 2:2 completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento… 5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus…
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