A ceia é a celebração de uma Nova Aliança. O evangelho é sobre JESUS, como Ele foi o mediador e a oferta perfeita. Ele é a razão da nossa fé, pela qual nos tornamos filhos e herdeiros do seu testamento.
Muitas pessoas que viveram na antiga aliança, como Davi, entendiam os benefícios de um relacionamento saudável com DEUS.
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. Sl 103:2-5
Na nova aliança, deveríamos ir além, pois se trata de uma aliança incomparavelmente superior, do coração. Onde fazemos parte de um corpo vivo, ressurreto, sem qualquer tipo de corrupção. Estamos em Cristo, e Ele está em nós! É isto que na ceia celebramos.
O presbítero ao amado Gaio , a quem eu amo na verdade. Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma. 3 Jo 1:1
O sangue e a carne
Lembram da Páscoa do Egito, a instrução de DEUS era tomar um cordeiro de 1 ano e sacrificá-lo. Eles deveriam recolher o sangue em uma bacia, e depois aplicá-lo nos umbrais das portas, para que o anjo do juízo passasse por cima.
A economia do sangue é bem explicada na bíblia, mas, porque também deveriam comer o cordeiro?
Sl 105:37, Também feriu de morte a todos os primogênitos da sua terra, as primícias do seu vigor. Então, fez sair o seu povo, com prata e ouro, e entre as suas tribos não havia um só inválido.
A palavra inválido, no hebraico, “Kashal”, significa alguém tão fraco que tropeça, alguém sem forças para se apoiar, deprimido, doente. Incrível! Mais de 600.000 homens saíram do Egito, além de mulheres e crianças e não havia entre eles pobres, nem fracos, nem deprimidos, nem enfermos. Não estamos falando de pessoas que viviam em condições normais, eram escravos, maltratados. Totalizavam perto de 3 milhões de pessoas, e ninguém orou por eles, ninguém impôs as mãos, apenas colocaram a sua fé no Cordeiro.
Além da Páscoa, um êxodo
Se apenas usassem o sangue, seriam poupados do anjo da morte, mas ainda continuariam no Egito. A solução completa exigia saírem do Egito, e na jornada até a terra prometida, deixarem no deserto a mentalidade de escravos. Deus então, os instruiu para aplicarem o sangue nos umbrais das portas, mas também comerem o Cordeiro. Isto apontava tanto para o poder da vida, como para a jornada que estava adiante deles. Deveriam levar o Cordeiro em forma de vida, dentro de cada um deles!
Revelação
Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade. 1 Co 5:7, 8
Jesus tomou o pão, deu graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Lc 22:19
Paulo disse: “O que eu recebi do Senhor”. Existe uma revelação sobre a importância e o significado da ceia que precisa ser assimilada pela Igreja. 1 Co 11:20-26
Não celebramos a ceia em memória dos nossos pecados. Mas em memória de Jesus, isto é, assimilando a revelação do quanto fomos favorecidos através do seu sacrifício. A celebração da ceia é pedagógica, não só crescemos em revelação, como também nos ajuda a continuamente apropriarmos pela fé dos benefícios da salvação em Cristo.
Se, ao saírem do Egito, desfrutaram de tais benefícios em uma Páscoa que era sombra de uma realidade futura em Cristo, imagine a ceia da Nova Aliança? Você não esta mais em uma zona de condenação, você foi completamente abençoado e precisa fazer esta descoberta. Porque que alguns ainda perecem? porque estão sem qualquer revelação.
Sinceridade e verdade
Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. 1 Co 11:27-29
Muitos entendem e ensinam errado este verso privando muitas pessoas de se beneficiarem da ceia. O que nos faz indignos, ou o que nos faz dignos? Seria o nosso comportamento?
Em todo conteúdo do Antigo testamento, testificamos que quanto ao culto e as ofertas, quem era examinado, não era o pecador, ou o ofertante. O Cordeiro necessariamente tinha que ser perfeito! Sem qualquer dúvida, Jesus é o Cordeiro perfeito, que tira o pecado do mundo!
olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus … Hebreus 12:2
Nenhum de nós, jamais poderíamos vencer o pecado ou a morte espiritual. Porque focaríamos então em nós mesmos e não nEle?
Entenda, se comportar corretamente é muito importante, mas o contexto está relacionado com a fé do coração. O ponto de partida, não é o que nós fazemos, mas o que Ele fez por todos nós. A graça sempre produz uma certeza de fé, que nasce com a gratidão, quando olhamos para Ele. Então, o que acreditamos determinará como nos comportamos.
A palavra “Indignamente” citada em 1 Coríntios 11, tem haver com discernir o corpo, ter revelação do que agora fazemos parte, fazer distinção.
Vamos olhar para Êxodo capítulo 12, e ver o que tornava alguém indigno para celebrar a ceia, no contexto da Páscoa do Egito.
Duas ressalvas
Sem fermento
Primeiro, não podiam comer o pão com fermento por sete dias. Era uma exigência, removerem todo o fermento.
Contrariando a opinião da maioria, o fermento não é o pecado, ou melhor dizendo, é um tipo de pecado bem específico. Atente para o que Jesus disse: “cuidado com o fermento dos fariseus que é a hipocrisia”. Hipocrisia é dissimular, fingir, ser um ator, projetar uma imagem do que não é. Não somos perfeitos, mas devemos ser sinceros!
Paulo disse, façamos festa com os asmos da sinceridade e da verdade! Aqui se faz totalmente necessário perceber a diferença entre pessoas que estão lhe dando com fraquezas, mas são sinceras e vulneráveis, das pessoas dissimuladas, maliciosas e que querem projetar uma imagem diferente do que realmente são no coração.
…aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Hb 10:22
Você quer se aproximar de Deus? priorize um coração sincero, verdadeiro. Isto te levará ao próximo passo; Certeza de fé! É assim que experimentamos o poder de uma consciência de justiça, e o corpo lavado com agua pura, ou seja, as aguas do batismo fazendo referência a palavra viva que genuinamente regenerou o nosso espirito.
Genuínos
A segunda restrição para participarem da ceia é que tinham que ser circuncidados. Se você “macho”, foi circuncidado, não terá duvida disso. Não só pela dor da experiência, mas também por uma marca física que será permanente no seu corpo.
O que isto significa? Naturalmente, a verdadeira circuncisão é a do coração. Acontece quando genuinamente nascemos de novo. Existem pessoas que estão na “Igreja”, mas não estão em Cristo. O juízo vem sobre o mundo, mas passa por cima da verdadeira Igreja.
E tudo isto é uma questão de responsabilidade pessoal. Não é razoável alguém dizer quem é ou quem não é, quem pode e quem não pode. Examine-se o homem a si mesmo… Examinar-se, não é questão de você ser perfeito, mas de ser autêntico.
Portanto, aproxime-se com um verdadeiro coração! Isto é o que garante o seu acesso ao trono da graça!
Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno. Hb 4:15, 16
Para maiores esclarecimentos sobre, CELEBRANDO A CEIA, leia também o artigo, UMA NOVA ALIANÇA.